Ifes inicia trabalhos para acreditação de laboratórios
Busca constante pela qualificação e excelência nos serviços oferecidos à comunidade pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Este foi o escopo da reunião que os técnicos dos laboratórios do campus Vitória realizaram, dia 18 de maio, com o objetivo de iniciar o processo de preparação para a acreditação dos laboratórios do Ifes, fundamental neste processo de melhoria contínua dos serviços oferecidos pelo Instituto.
A acreditação representa o reconhecimento formal por uma organização acreditadora da competência técnica de um laboratório, realizado mediante avaliações de conformidade, que seguem normas técnicas nacionais e internacionais. Esta é uma maneira segura de identificar aqueles que são qualificados para oferecer a máxima confiança em seus serviços para a comunidade, agregando valor tecnológico aos ambientes de calibração de instrumentos de medição e aos testes de materiais e produtos usados na sociedade.
O coordenador da iniciativa, professor Tadeu Pissinatti, que é assessor para implantação de polos de inovação no Gabinete do Reitor do Ifes, explicou o processo de reconhecimento e acreditação aos participantes, nesta primeira etapa. Destacou também a necessidade da prestação de serviços tecnológicos no Espírito Santo, onde, segundo Tadeu, há uma enorme lacuna tecnológica que prejudica o desenvolvimento regional e suas relações com os encadeamentos produtivos nacionais e internacionais em que o estado participa.
“A etapa inicial proposta é o reconhecimento dos laboratórios pela Rede Capixaba de Metrologia (RCM), o que já permitirá a emissão de laudos com reconhecimento regional. No médio prazo, a meta é obter a acreditação de laboratórios do Ifes pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), com os padrões da norma ISO 17025”, complementou o coordenador.
Outro fator importante para o processo de acreditação dos laboratórios do Ifes é a finalidade didática, com a participação de alunos como bolsistas, o que propiciará a formação de excelência para atuar em empresas que oferecem serviços em laboratórios especializados.
“Um dos desafios no processo é a compatibilização entre as atividades didáticas e de prestação de serviços tecnológicos, já que atualmente os laboratórios do Instituto são de ensino e, eventualmente, multiusuários de pesquisa”, destacou a técnica Paola Santos.
De acordo com Tadeu Pissinati, “mais equipamentos terão que ser adquiridos para atender às diferentes finalidades que um laboratório pode assumir. Além disso, será preciso proporcionar a separação física das áreas e a operação exclusiva por técnicos habilitados dos equipamentos e espaços acreditados”. Segundo Tadeu, o ensino vai ganhar pela maior qualificação do ambiente tecnológico da Instituição. E a pesquisa pela maior confiabilidade das medidas realizadas nos laboratórios.
O grupo de técnicos agora tem um prazo de duas semanas para avaliar a proposta e, se for o caso, propor os próximos encaminhamentos. A RCM já se colocou à disposição para oferecer os treinamentos necessários.